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domingo, 25 de setembro de 2011

Imagens de satélite para estudos ambientais

1)  Como são obtidas as imagens de satélite por Sensoriamento Remoto (S. R.)?
               São obtidas através da captação e do registro da energia refletida ou emitida pela superfície.
2)  Com que finalidade se deu o aprimoramento das técnicas de S. R.?
               A história do Sensoriamento Remoto está estreitamente vinculada ao uso militar dessa tecnologia.
3)  Como podemos segmentar o Espectro Eletromagnético? Como relacionamos “comprimento de onda” à “freqüência”?
               O Espectro Eletromagnético abrange desde curtos comprimentos de onda, como os raios cósmicos e os raios gama, de alta freqüência, até longos comprimentos de onda como as ondas de rádio e TV, de baixa freqüência.
A freqüência de onda é o número de vezes que uma onda se repete por unidade de tempo. Quanto maior for o número, maior será a freqüência e, quanto menor, menor será a freqüência de onda. O comprimento de onda é a distancia entre dois picos de ondas sucessivos: quanto mais distantes, maior é o comprimento e, quanto menos distantes, menor será o comprimento de onda.
4)  Por que visualizamos a vegetação na cor verde?
               Observamos que na região da luz visível a vegetação (verde e sadia) reflete mais energia na faixa correspondente ao verde.
5)  Considerando o Espectro Eletromagnético em que comprimento de onda a vegetação e   os solos refletem mais (slide em aula)?
               Infravermelho médio
6)  Considerando os processos de “absorção” e “reflexão” de energia, em comprimentos de onda do visível, o que verificamos em relação às cores branca e preta?
               Branco quando refletem muita energia e preto quando refletem pouca energia.
7)  Observe a fig. 1.4. Em que cores estão representadas a água e a vegetação? Por quê?
               A vegetação da mata atlântica, que reflete muita energia nesta faixa (como indica a Figura 1.3), é representada com tonalidades claras, enquanto a água, que absorve muita energia nessa faixa (como indica a Figura 1.3) é representada com tonalidades escuras.
8)  Quais as limitações do olho humano (sensor natural) em relação ao sensor multiespectral TM, do satélite LANDSAT-5?
               O sensor multiespectral TM, do satélite TM é um sistema de varredura que capta dados em diferentes faixas espectrais (três da região do visível e quatro da região do infravermelho).
               O olho humano não percebe a região do infravermelho.
9)  Qual a vantagem do sensor tipo radar em relação aos demais?
               Os sensores do tipo radar, por produzirem uma fonte de energia própria na região de microondas, podem obter imagens tanto durante o dia como à noite e em qualquer condição meteorológica (incluindo tempo nublado e com chuva).
10)        Observe a fig. 1.6. Por que as imagens apresentam tons de cinza diferentes?
               A quantidade de energia refletida pelos objetos varia ao longo do espectro eletromagnético e as variações foram captadas pelo sensor ETM+, que opera em diferentes canais.
11)        O que é a “resolução epacial”? Qual é a “resolução espacial” do sensor ETM do satélite LANDSAT-7?
               A resolução espacial é a capacidade de visualização, com nitidez.
               A resolução espacial do sensor TM é de 30 metros, tendo a capacidade de distinguir objetos que medem, no terreno, 30 metros ou mais. Isto equivale dizer que 30 por 30 metros (900m2) é a menor área que o sensor TM consegue “ver ou enxergar”.
12)        Observe a fig. 1.7. O que se observa em relação a “resolução espacial” destas imagens (slide em aula)?
               Observa-se uma alta resolução espacial.
13)        Em suma, como ocorre o processo de formação de cores?
               Nas imagens coloridas, a cor de um objeto vai depender da quantidade de energia por ele refletida, da mistura das cores (segundo o processo aditivo) e da associação de cores com as imagens.
14)        Como são denominados os filmes coloridos infravermelhos? Por quê? Com que objetivos esses filmes foram desenvolvidos?
               Os filmes infravermelhos coloridos são denominados de falsa cor porque a cena, registrada por este tipo de filme, não é reproduzida nas suas cores verdadeiras, isto é, como vistas pelo olho humano. Esses filmes foram desenvolvidos durante a II Guerra Mundial, com o objetivo de detectar camuflagens de alvos pintados de verde que imitavam vegetação
15)        Observe a fig. 1.8. O que se pode deduzir em relação ao campo de futebol (slide em aula)?
               Observando esta figura é possível constatar que o campo de futebol é formado por uma grama sintética, pois se a grama fosse natural seria representada na cor vermelha, como ocorre com o campo ao lado, de grama natural, e o restante da vegetação natural.
16)        Que leitura, podemos fazer da fotografia da fig. 1.10 (slide em aula)?
               Fotografia infravermelha falsa cor de culturas de trigo no Município de Tapera – RS. Observe que as parcelas com trigo sadio estão representadas em vermelho mais claro e mais uniforme, enquanto aquela do trigo atacada pela doença “mal do pé” (Ophiobulus graminis) aparece em vermelho mais escuro mesclado ao verde que representa o solo.
17)        Como são geradas as imagens coloridas?
               As imagens obtidas por sensores eletrônicos, em diferentes canais, são individualmente produzidas em preto e branco. A quantidade de energia refletida pelos objetos vai determinar a sua representação nessas imagens em diferentes tons de cinza, entre o branco (quando refletem toda a energia) e o preto (quando absorvem toda a energia). Ao projetar e sobrepor essas imagens, através de filtros coloridos, azul, verde e vermelho (cores primárias), é possível gerar imagens coloridas.
18)        Considerando as fig.(s) 1.11, 1.12 e 1.13 o que se observa em relação a areia da praia e a sombra do relevo?
               Esses dois tipos de imagens coloridas (Figuras 1.11 e 1.12) são as mais utilizadas. Nelas, a cor dos objetos, em geral, é falsa. Outras combinações podem ser obtidas e, dentre elas, destacamos a imagem colorida natural (Figura 1.13), na qual as cores dos objetos são verdadeiras.
19)         Com que cores a vegetação é visualizada nas fig.(s) 1.11 e 1.12? Por quê (slide em aula)?
               Devido a diferente associação de cores, visualizamos a vegetação na cor verde ( fig. 1.11) e marrom ( fig. 1.12).
20)         Com que cores a área urbana é visualizada nas fig.(s) 1.11 e 1.12? Por quê (slide em aula)?
               Tomemos como exemplo a área urbana que aparece clara nas imagens dos canais 3 e 5. Na Figura 1.11, as imagens foram associadas à cor azul e vermelha, respectivamente. Pelo processo aditivo das cores, o azul misturado com o vermelho resulta no magenta (rosa), que é a cor que representa a área urbana na imagem colorida.
                Na imagem colorida da Figura 1.12, a área urbana está representada em ciano (azul turquesa) que é o resultado da mistura de azul com verde, cores associadas respectivamente às imagens dos canais 3 e 5.

21)        Como geramos uma imagem colorida natural?
               Por processo aditivo ou subtrativo. O princípio da fotografia colorida consiste na possibilidade de se reproduzir qualquer cor, a partir de uma mistura de apenas três cores primárias: azul, verde e vermelho. A mistura das cores primárias, denominada processo aditivo, forma as cores amarelo, ciano (verde-azulado) e magenta, que são as cores secundárias ou subtrativas. Cada uma destas três cores resulta da subtração de uma das cores da luz branca. No processo aditivo de formação das cores, como mostra o diagrama, observa-se que a mistura da luz verde com a luz vermelha resulta na produção da luz amarela. Da mistura do vermelho com o azul resulta a luz magenta, e da mistura do verde com o azul, resulta a luz ciano. A combinação das três cores primárias, em proporções iguais, gera o branco. O processo subtrativo de formação de cores é o mais utilizado na geração de fotografias coloridas. Nesse processo, como mostra o diagrama, três filtros são colocados em frente a uma fonte de luz branca. O filtro amarelo absorve a luz azul do feixe de luz branca e transmite a luz verde e a vermelha. O filtro magenta absorve a luz verde e transmite a azul e vermelha. O filtro ciano absorve o componente vermelho e transmite o verde e o azul. A superposição dos filtros magenta e ciano, mostrada no diagrama, permite a passagem da luz azul, pois o filtro magenta absorve o verde e o ciano absorve o vermelho. A superposição do amarelo e ciano e do amarelo e magenta gera as cores verde e vermelho, respectivamente. A superposição dos três filtros impede a passagem de luz, absorvendo as três cores primárias presentes na luz branca, e a ausência de cores resulta no preto.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O Mundo Globalizado Visto Pelo Lado de Cá

Uma hora e vinte e seis minutos.
Sim!
Foi este o tempo de duração do vídeo Encontro com Milton Santos, intitulado “O Mundo Global Visto do Lado de Cá”.
Uma hora e vinte e seis minutos, onde novamente percebi que Milton Santos trabalha conceitos inatingíveis, até mesmo para ele.
O mundo de hoje é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico. A esperança sempre foi uma das forças dominantes das revoluções.
A primeira grande frase refere-se a clarividência, ou melhor explicando, somos capazes de identificar o futuro, através do cabedal de informação adquirida.
Através do entendimento propiciado pelo estudo do conceito Globalização, entenderemos:
·         Globalização vem com a conquista, em suas mais variadas esferas;
·         O primeiro ato de globalização ocorreu no colonialismo, caracterizando-se pela ocupação territorial;
·         O segundo ato começa no fim do século XX, marcado pela fragmentação dos territórios.
Milton refere-se ao desmonte do estado de “bem estar social” e apregoa o consumo como grande fundamentalismo.
Nesta parte ocorre a primeira grande contradição. Explico o motivo:
- No iniciar da entrevista, Milton se diz um dos poucos intelectuais, totalmente livres para pensar, visto não seguir nenhuma ideologia, religião, doutrina, partido e etc..., só que neste instante, diz-se ser marxista não ortodoxo.
Há uma análise sobre desenvolvimento. Ele ainda fala em 3º mundo, um conceito ultrapassado, porém perdoado, já que a entrevista desenrola-se há quase 10 anos atrás.
O que importa é sua divagação sobre os três mundos:
·         O mundo tal qual como fazem vê-lo;
·         O mundo tal qual ele é;
·         O mundo como ele pode ser.
Para variar, segue sua crítica sobre a Globalização, determinando-a como perversa, além de determinar a crise financeira como único objeto de estudo.
Nesta parte do vídeo, faz-se um city tour, pela América Latina, mostrando fatos marcantes da luta do proletariado contra as privatizações. Percebe-se sempre a determinação quantitativa da porcentagem de índios e mestiços.
Há fatos pitorescos, como o exemplo da entrevista com o líder sindical Sérgio Quiroga, defendendo a não privatização dos hidrocarbonetos em El Alto. Se observarmos bem, ele usa um boné com a inscrição Alaska Marine Lines. Interessante o conceito de lutar contra o estrangeirismo.
Trazendo a discussão para os dias de hoje, basta ver no que resulta o nacionalismo tipificado nas presidências de Evo Morales e Hugo Chaves.
Só mais uma observação curiosa.
Quando da apresentação do Economista Joseph Stiglietz, chefe na época, do Banco Mundial, percebe-se que em seu “púlpito”, há um símbolo com referência Maçom.
Eu me apego nestes detalhes, para não surtar com o Milton Santos.
Segue como de costume, as divagações e paradigmas. Neste ponto ele retrata a dualidade globalização x território, bem como os “que não dormem x os que não comem”.
É comentada também a questão do ouro azul, ou seja, a escassez de água que atinge o mundo.
E eis que surge a melhor frase de todo o documentário. Ela foi proferida por um Escritor Senegalês, que faz referência a energia desprendida pelos jovens africanos, para ingressar na Europa. Ele questiona o porquê dos jovens não usarem da mesma energia para mudar a própria África.
Milton Santos é excelente em criar palavras e frases de efeito.Nesta parte ele cita o globalitarismo, em suma, a globalização totalitária. Nesta parte eu quis arrancar meus olhos e furar meus tímpanos. Não adianta, não mudo minha opinião sobre a forma apresentada por Milton Santos.
Voltamos para o Brasil, e agora é apresentada a realidade indígena, e como a globalização afeta. Minha parca capacidade de raciocínio determina um pré-julgamento.
- É fácil entender o motivo da vida precária, que acomete o povo indígena em evidência na filmagem, basta pensar que enquanto procura-se entrar em comunhão com as realidades tecnológicas, evoluindo junto com o mundo, observam-se Índios com um bambu enfiado na boca, emitindo um som chato, participando de um rito, só que em sequência tem-se a entrevista com um líder indígena chamado Ailton Krenak e, na mão deste índio, percebe-se uma aliança de casamento.
Em momentos, os indígenas são atrelados a costumes ultrapassados, ao mesmo tempo em que adquirem o consumismo do branco.
Não tem como dar certo.
Faz-se uma referência a uma índia chamada Raimundinha Yawanawá. Simplesmente linda..
Vou fazer como o Milton faz, e lançar uma palavra nova. A globaritualização.
Outra parte interessante, para aprendermos como “não” fazer um documentário, refere-se aos rappers de Brasília.
Eles cantam o cotidiano, e como disse Adirley Queiros, eles se apropriam da cultura de massa.
Entendo que há uma discriminação nas frases proferidas.
“Sou negão.”
“Sou Ceilândia e não de Brasília.”
Da forma que foi dita, percebe-se uma raiva velada.
Um fato interessante é que o mais articulado politicamente falando, mostrando preocupação com o Brasil, ostentava uma camiseta com o dizer: Celebration.
Em outro momento, na sala onde encontravam-se os rappers, via-se ao fundo, LP’s de bandas americanas.
Somam-se estes fatos, á frase lançado por um dos músicos, que reclama de quem chama aquele estilo de música, de Black Music, ao invés de música negra, chego a seguinte análise.
- Hipócritas.
Milton Santos disse que após o período tecnológico, o futuro reserva a condição da cultura de massa. A moda no futuro será a cultura popular. Daí aparece um grupo teatral de Japeí-RJ, encenando o Lobibicha ( segundo o próprio ator, que encenava este licantropo homossexual). Acredito que ocorreu um engano de análise por parte de Milton.
A parte mais interessante desta apresentação refere-se a China.
De certa forma é colocada como traidora da causa comunista, mas se percebermos que o interesse é afetar o Ocidente, eu entendo que a China está promovendo seu grande objetivo.
A Economia Global anda cambaleante e, em grande parte, pela concorrência desleal, que os produtos chineses oferecem. Não acredito que a China de hoje, será a mesma do amanhã.
O vídeo encerra-se com a análise de Milton Santos, após aparecerem conteúdos referentes aos sem-teto, turismo na favela e a visita do proletariado ao shoping.
Temos então um grande conceito proferido pelo célebre Geógrafo:
 Globalização produz globalitarismo.
Minha vida se divide antes e depois desta profética afirmação.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Pensar e ser...

O Pensar e Ser em Geografia – Ruy Moreira
Objetivo
A idéia geral da obra é  a demonstração clara da atenção filosófica depositada pelo autor para os temas que perpassam o universo geográfico, mas que não se encerram nele.

Justificativa
A obra é o retrato da caminhada deste autor nos últimos 30 anos, os textos se referem aos trabalhos escritos entre 1978 e 2006. No primeiro capítulo temos os textos que demonstram interesse pelo desenrolar da história do pensamento geográfico

Súmula das principais idéias
O movimento de renovação da geografia, tão sentido pelos geógrafos brasileiros no final da década de 1970, até aqueles elaborados com a calma e por vezes, a frieza característica das reflexões internalistas que permearam  toda a obra de Moreira, tratando do fundamento desta ciência. Conseguir criar e firmar pontes entre a geografia e os demais campos do saber, trabalhando de modo não usual e com desconforto em relação ao comum e ao convencional. Seus escritos subvertem as lógicas geográficas em muitos momentos, principalmente quando a geografia se vê diante dos limites de suas próprias construções teóricas.


Exemplos que auxiliam o entendimento
A renovação da geografia brasileira no período 1978-1988, aponta para os diversos espectros da renovação, apresentando elementos das críticas em relação à epistemologia, à ideologia e à afirmação do objeto geográfico, demonstrando a carência do olhar ontológico em geografia e a preocupação com o sujeito, temas recorrentes em seus textos e ausentes na geografia contemporânea.

Principal conclusão
O interesse de Moreira pela consagração do espaço como categoria central na geografia e como construção teórica que permite as interfaces geográficas com o mundo e com as outras ciências, é marcante e essencial para compreendermos esta obra.

Contribuição do artigo científico diante do tema
Há, em suas palavras, uma fusão entre a internalidade subjetiva e a externalidade objetiva, com clara observância de semelhança entre as preocupações e até mesmos as construções teóricas dos geógrafos e demais cientistas sociais. Entre o ser e o espaço fundam-se relações que para ele seja talvez, a maior necessidade de reflexão geográfica.
Entre este pensar e ser da geografia paira livre um homem coerente e inquieto que traduz em grande medida os conflitos do nosso tempo e as clausuras incontornáveis da geografia.

Referências bibliográficas mais importantes
MOREIRA, Ruy. Pensar e ser em geografia: ensaios de história, epistemologia e ontologia do espaço geográfico. São Paulo. Contexto, 2010

sábado, 10 de setembro de 2011

Democratização da Escola Pública

RESUMO DO LIVRO DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA- JOSÉ CARLOS LIBÂNEO
CITAÇÃO
PG.
COMENTÁRIOS
“...A prática escolar assim, tem atrás de si condicionantes sociopolíticos que configuram diferentes concepções de homem e de sociedade e, conseqüentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola, aprendizagem, relações professor-aluno, técnicas pedagógicas etc...”

03
Eterna discussão burguesia x proletariado. Sabendo que a escola absorve os conceitos políticos, o livro declina sobre as variadas relações.
‘...Uma boa parte dos professores, provavelmente a maioria, baseia sua prática em prescrições pedagógicas que viraram senso comum, incorporadas quando de sua passagem pela escola ou transmitidas pelos colegas mais velhos; entretanto, essa prática contém pressupostos teóricos implícitos. ...”

03
Há também um processo endógeno, desconsiderado. Aquilo que nós, seres mortais chamamos de índole.
‘...Após caracterizar a pedagogia tradicional e a pedagogia nova, indica o aparecimento, mais recente, da tendência tecnicista e das teorias critico-reprodutivistas...”

04
Uma discussão sobre o foco. Uma robotiza e a outra libera.
“...(...)Ai o quadro contraditório em que se encontra o professor: sua cabeça é escolanovista a realidade é tradicional;"(...)...”

04
Se partirmos do ponto de vista que a realidade é a extensão de nossa luta, a citação foi infeliz.
“...O termo liberal não tem o sentido de "avançado", ''democrático", "aberto", como costuma ser usado...”

05
Iria mais longe, 1970 surgiu o neoliberalismo, que é a aplicação dos princípios liberais numa realidade econômica pautada pela globalização e por novos paradigmas do capitalismo. Troca-se a opressão bélica pela opressão econômica.
“””A pedagogia liberal sustenta a idéia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, ...”

06
Ou seja, preparar indivíduos para sustentar a elite.
“...por razões de recomposição da hegemonia da burguesia, evoluiu para a pedagogia renovada (também denominada escola nova ou ativa)...”

06
Nova roupagem, para problemas antigos.
‘...Mas a educação é um processo interno, não externo; ela parte das necessidades e interesses individuais necessários para a adaptação ao meio...”

07
Quando da globalização, adaptar-se, nos países em desenvolvimento nada mais é do que sobreviver. A emergência no sustenta, sobrepõe-se
Ao aprimoramento acadêmico.
“...preparação de "recursos humanos" (mão-de-obra para indústria)...”

08
Os que detêm o poder, necessitam de mão de obra qualificada, porém com baixo custo. A idéia é injetar o maior número de profissionais, para fazer valer a lei da oferta e da procura.
“...A atuação da escola consiste na preparação intelectual e moral dos alunos para assumir sua posição na sociedade. O compromisso da escola é com a cultura, os problemas sociais pertencem à sociedade...”

08
Refletir o social, pode repercutir em instabilidade da classe dominante.
“...pedagogia tradicional é criticada como intelectualista...”

09
Aparta-se o conteúdo, da realidade. É por este motivo, que diz-se da pedagogia tradicional, que é Enciclopédica.Vale mais decorar locais e datas.
“...disciplinar a mente e formar hábitos...”

09
Eu substituo a questão de disciplinar mentes, por formar seres subservientes.
“...Predomina a autoridade do professor que exige atitude receptiva dos alunos...”

10
Eu mando, vc’s obedecem.
Apenas o professor sabe. Exclui-se a experiência dos alunos.
“...A pedagogia liberal tradicional é viva e atuante em nossas escolas...’

10
Eu ainda acho que tem relação com o docente. Há os que tem incrustado em seu interior, a arrogância,achando que por terem tornado-se professores, atingiram um grau de superioridade, independente do local de ensino.
TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA PROGRESSIVISTA
“...ela deve se organizar de forma a retratar, o quanto possível, a vida...”

11
Nesta tendência, passa-se a vida discutindo, não necessariamente agindo.
“...estruturas cognitivas do indivíduo e estruturas do ambiente...”

11
Tende-se a abarcar o todo, fazendo o nada, achando que aquilo é o tudo.
“...A idéia de "aprender fazendo" está sempre presente...”

11
Fazendo o quê?
Uma atividade pedagógica?
Julgo distante de mudar a realidade.
“...Não há lugar privilegiado para o professor...”

12
Uma revolução sem líder.
Mataram novamente o Chê Guevara.
“...A motivação depende da força de estimulação do problema e das disposições internas e interesses do aluno...”

12
Eu ainda acho que a referência do adulto é importante. Este estímulo do problema é subjetivo.
“...Os princípios da pedagogia progressivista vêm sendo difundidos, em larga escala, nos cursos de licenciatura, e muitos professores sofrem sua influência...”

13
Agora entendemos o motivo do caos na educação no Brasil.
TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA NÃO-DIRETIVA
“...deve estar mais preocupada com problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais...”

13
O que importa é o indivíduo.
Sua estrutura e seu aporte, não importando o seu meio.
“...Os processos de ensino visam mais facilitar aos estudantes os meios para buscarem por si mesmos os conhecimentos que, no entanto, são dispensáveis...”

14
Em parte é interessante. Me veio uma máxima.
“...não dê o peixe, mas ensine a pescar..”
Não te dou o peixe, te ensino a pescar e pouco me importa se vc vai fisgá-lo ou não.

“...Os métodos usuais são dispensados, prevalecendo quase que exclusivamente o esforço do professor em desenvolver um estilo próprio para facilitar a aprendizagem dos alunos...”

14
Pode até surgir estilos de aprendizagem eficientes mas, também corre-se o risco de termos uma ineficiência.
“...A pedagogia não-diretiva propõe uma educação centrada no aluno...”

15
Meu parco conhecimento me leva a um pensamento:
- Alunos semelhantes a cobaias de laboratório. Se der certo, ótimo.
“...A motivação resulta do desejo de adequação pessoal na busca da auto-realização;...”

15
Desejo de auto-realização só funciona com quem tem um mínimo de estrutura econômica. Há muitas crianças, que tem como pensamento único, a merenda da escola. A fome sucumbe a motivação.
“...funciona como modeladora do comportamento humano, através de técnicas específicas...”

16
Sinceramente não entendi esta parte. Querem trabalhar o individual, generalizando.
“...Conteúdos de ensino - São as informações, princípios científicos, leis etc., estabelecidos e ordenados numa seqüência lógica e psicológica por especialistas...”

16
Especialistas em psicologia, não verdadeiros pedagogos.
“...Se a primeira tarefa do professor é modelar respostas apropriadas aos objetivos instrucionais, a principal é conseguir o comportamento adequado pelo controle do ensino;...”

17
É um ensino mensurável, tendo o aluno como um ser não cooperativo na elaboração do conteúdo.
“...São relações estruturadas e objetivas, com papeis bem definidos...”

18
Cabe ao aluno absorver o conhecimento científico, enquanto o professor é apenas um elo entre o conteúdo aplicado e a forma mais adequada de aprendizado. A comunicação entre o professor e o aluno tem apenas uma conotação técnica.
“...O aluno é um indivíduo responsivo, não participa da elaboração do programa educacional...”

18
O aluno é espectador ( assim como o professor), frente a verdade objetiva.
“...A comunicação professor-aluno tem um sentido exclusivamente técnico...”

18
Debates, discussões, questionamentos são desnecessários, assim como pouco importam as relações afetivas e pessoais

“...o ensino é um processo de condicionamento através do uso de reforço das respostas que se quer obter. Assim, os sistemas instrucionais visam o controle do comportamento individual face a objetivos preestabelecidos...”

18
o aluno saia da situação de aprendizagem diferente de como entrou. Ou seja, o ensino é um processo de condicionamento

“...foi introduzida mais efetivamente no final dos anos 60 com o objetivo de adequar o tema educacional à orientação político econômica do regime militar...”

19
A idéia base era evitar a discussão política e social.
PEDAGOGIA PROGRESSISTA
“...partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação...”

20
Criar uma maior consciência. Instrumento para disponibilizar a quebra dos grilhões. Pode pecar pelo extremismo.
“...As versões libertadora e libertária têm em comum o anti-autoritarismo...”

20
A liberdade como estrado para uma nova ordenação social.
“...A tendência da pedagogia critico social de conteúdos propõe uma síntese superadora das pedagogia tradicional e renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta...”

21
Transpõe-se barreiras, tendo como eficácia, o pensar, analisar, entender e mudar.
TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA
“...quando se fala na educação em geral, diz-se que ela é uma atividade onde professores e alunos, mediatizados pela realidade que apreendem e da qual extraem o conteúdo de aprendizagem, atingem um nível de consciência dessa mesma realidade, a fim de nela atuarem, num sentido de transformação...”

21
O perceber o que nos cerca, crescendo juntos, tanto o professor, quanto os alunos, transformando-os em seres transformadores.
“...Conteúdos de ensino - Denominados "temas geradores", são extraídos da problematização da prática de vida dos educandos...”

22
Torna-se um ensino palpável. O aluno lida com sua realidade de uma forma direcionada, jamais imposta.
“...a forma de trabalho educativo é o "grupo de discussão”, a quem cabe autogerir a aprendizagem, definindo o conteúdo e a dinâmica das atividades. O professor é um animador que, por princípio, deve "descer" ao nível dos alunos...”

23
Única citação, que me desagrada. Não entendo que é descer, o simples fato de socializar com os alunos, tentando entendê-los.
“...No diálogo, como método básico, a relação é horizontal; onde educador e educandos se posicionam como sujeitos do ato de conhecimento...”

24
Se acrescida da citação anterior, entende-se que nivela por baixo.
Cabe salientar a questão de sujeitos do ato de conhecimento. De meros espectadores, passam para protagonistas.
TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTÁRIA
“...A pedagogia libertária espera que a escola exerça uma transformação na personalidade dos alunos num sentido libertário e autogestionário...”

25
O aluno como ser livre de preconceitos, tendo pleno domínio de seus direitos e deveres.
“...a pedagogia libertária recusa qualquer forma de poder ou autoridade...”

28
É necessário um limite. Não devemos confundir autoridade, com autoritarismo. Há uma propensão ao excesso.
“...A pedagogia libertária abrange quase todas as tendências anti-autoritárias em educação, entre elas, a anarquista, a psicanalista, a dos sociólogos, e também a dos professores progressistas...”

28
Complemento da citação anterior. Por si só, se explica.
TENDÊNCIA PRGRESSISTA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS
“...A difusão de conteúdos é a tarefa primordial. Não conteúdos abstratos, mas vivos, concretos e, portanto, indissociáveis das realidades...”

29
De todas as tendências que li, foi a que julguei mais equilibrada. Transforma mais fácil a visualização da realidade.
“...preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade...”

30
Participação organizada, equilibrada e estruturada. Através do conhecimento, partir para a reestruturação da realidade.
“...não estabelece oposição entre cultura erudita e cultura popular, ou espontânea, mas uma relação de continuidade...”

30
Há um respeito com a bagagem cultural do aluno.
Percebe-se uma luta contra a elite, implícita na forma de trabalhar o aluno.
É importante a participação do professor, não estando omisso, quanto ao seu dever.
“...análise crítica que ajudem o aluno a ultrapassar a experiência, os estereótipos, as pressões difusas da ideologia dominante - é a ruptura...”

31
Como dito anteriormente, livrar o aluno de toda a carga negativa, imposta por séculos, dando a devida condição de liberdade intelectual.
Liberdade esta, que inevitavelmente irá repercutir numa nova ordem social.
“...Os métodos de uma pedagogia crítico-social dos conteúdos não partem, então, de um saber artificial, depositado a partir de fora, nem do saber espontâneo, mas de uma relação direta com a experiência do aluno,..”

32
O que percebe-se da pedagogia crítico-social é a forma não impositiva.
O aluno é elemento de mudança.
“...provimento das condições em que professores e alunos possam colaborar para fazer progredir essas trocas. O papel do adulto é insubstituível, mas acentua-se também a participação do aluno no processo...”

32
Eis um grande ponto.
O papel do adulto.
O professor gerencia todo o processo, tendo sua devida importância, sem excluir a participação do aluno.
Há equilíbrio.
“...é necessária a intervenção do professor para levar o aluno a acreditar nas suas possibilidades, a ir mais longe, a prolongar a experiência vivida...”

33
Um elemento motivador.

“...O professor precisa saber (compreender) o que os alunos dizem ou fazem, o aluno precisa compreender o que o professor procura dizer-lhes...”

34
A sinergia entre aluno e professor, garante a eficácia deste método.
Ambos sabem perfeitamente, seu papel.
“...(...) "a democratização da sociedade brasileira, o atendimento aos interesses das camadas populares, a transformação estrutural da sociedade brasileira"...”

35
Transformação estrutural da sociedade, através de um processo evolutivo, iniciado na escola, trabalhando o respeito mútuo, entre professor e alunos.
O conhecer a realidade, trabalhando na análise e crítica, sem radicalismos.
“...o que será mais democrático: excluir toda forma de direção, deixar tudo à livre expressão, criar um clima amigável para alimentar boas relações, ou garantir aos alunos a aquisição de conteúdos, a análise de modelos sociais que vão lhes fornecer instrumentos para lutar por seus direitos?...”

35
Esta resposta se torna óbvia.
“...não se deve confundir autoridade com autoritarismo....”

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Respeito x Medo
“...Além do mais, são incongruentes as dicotomias, tão difundidas por muitos educadores, entre "professor-policial" e "professor-povo"...”

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Sim. Dois extremos.
Ainda acredito no equilíbrio das ações.
Só não entendo o pejorativo “policial”, como se fosse algo ruim.
Deveriam usar a designação de professor-ditador. Maria Teresa viveu a crise Argentina e ficou traumatizada.
“...situar o ensino centrado no professor e o ensino centrado no aluno em extremos opostos é quase negar pedagógica porque não há um aluno, ou grupo de alunos, aprendendo sozinho, nem um professor ensinando para ás paredes...”

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Corrobora com a questão de termos um “norte”, um rumo.
É necessária a existência de um orientador, que trabalhe junto com o aluno, descobrindo e evoluindo. Falta humildade a alguns professores.