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domingo, 18 de março de 2012

Tentando entender o Fanon

A favela como refluxo, interpondo-se a cidade habitada pela elite colonizadora. Uma forma de combate, impelindo ao algoz o visual da miséria, mantendo em constante vigília, os poderosos, indicando que cada dia, faz aumentar a pressão, que inevitavelmente, irá romper com a estabilidade social. Causa comum, destino nacional e história coletiva, incentivado pelo produto burguês. O saber que algo existe e que não possuo, ao mesmo tempo em que descubro que este mesmo “algo” é possuído em excesso, por parte mínima de um todo, remete a revolta. Abrir os olhos, em muitas vezes na mesma proporção em que irá fechar o coração.
A afirmação de que quanto mais tempo na escola, aumenta a perspectiva de futuro.
Será?
Novamente quantitativo versus qualitativo.
Às vezes até acho que é a nova forma de injetar morfina no paciente terminal. Uma maneira de doutrinar, mantendo a docilidade pertencente ao colonizado.
Do que adianta os alunos ficarem 7 horas na escola, numa situação desconfortável (parece-me que até as carteiras escolares são projetadas para inibir o desenvolvimento), sem a interação com o dinamismo do mundo desenvolvido.
Um dos fatos citados é de que a criança deve permanecer na escola, ainda mais por terem seus pais trabalhando e de que é preferível ficarem na escola a sozinhas.
Concordo na parte do ficarem sós, mas para gerar empregos e qualidade de vida, seria justo então reduzir a jornada de trabalho.
Pais com mais tempo para seus filhos.

sábado, 17 de março de 2012

Início de estudo

“...Se olharmos à nossa volta veremos diferentes fenômenos que não podem ser descritos ou previstos pelas leis matemáticas. A esses fenômenos imprevisíveis damos o nome de fenômenos caóticos. Um básico exemplo de um fenômeno caótico é o gotejar de uma torneira. A elaboração de uma equação que possa descrever essa ação é difícil, além disso, determinar a frequência com que as gotas de água caem também é complicado.
O estudo da desordem organizada (teoria do caos) foi proposto pelo meteorologista Edward Lorentz. Ele desenvolveu um modelo que simulava no computador a evolução das condições climáticas. Indicando os valores iniciais de ventos e temperaturas, o computador se encarregava de fazer uma simulação da previsão do tempo. Em suas simulações, Lorenz imaginava que pequenas modificações nas condições iniciais acarretariam alterações também pequenas na evolução do quadro como um todo. Mas o que ele obteve de resultado foi o contrário, as pequenas modificações nas condições iniciais provocaram efeitos desproporcionais.
Lorentz verificou que para períodos curtos (um ou dois dias), os efeitos produzidos eram insignificantes; porém quando o período era longo (cerca de um mês), os efeitos produziam padrões totalmente diferentes.
Lorentz chegou a essa conclusão após digitar um dos números dos cálculos com algumas casas decimais a menos. Esperando que se chegasse a um resultado com poucas mudanças, o que aconteceu foi o contrário: essa pequena alteração provocou uma grande alteração dos efeitos produzidos nas massas de ar, que até então eram seu objeto de estudo...”
Frantz Fanon, no livro Condenados da Terra, apresenta uma tipicidade, referente ao fenômeno descolonização.
Primeiro devemos perceber que sua etnia propiciou uma análise vista sob o olhar dos colonizados.
A psicopatologia social nos remete a uma análise mais profunda.
É própria do homem, a conquista. Está em seu gene. A descolonização apenas representa o início de novo ciclo. Cabe refletir no que a China faz atualmente, estando esta sob a áurea Comunista, controla o mercado como o mais feroz capitalista. Tudo tutelado pelas condições internas, de mão de obra excedente e barata, tornando-se impossível a competição.
O fenômeno dá-se pelo perfil endógeno e exógeno. Endógeno na disparidade entre classes e exógeno no que afeta a concorrência de outros países.
Na página 30, há uma referência sobre a legitimidade divina. A religião concede o uso da força, tudo envolto em uma mística inatingível ao “ser comum”, propiciando ao algoz, a desculpa de que se trata de uma Guerra Santa, ou um domínio necessário.
Pegando um gancho na teoria acima descrita, a Teoria do Caos, entendemos que pequenos (nem tanto) fatores influenciem determinados resultados, o resultado pode ser instável, mesmo que não seja linear. Então, de certa forma poderíamos afirmar que a sociedade é instável em seu arranjo, devido às pequenas modificações cotidianas, que de forma alienada, é aceita pelo homem.

sábado, 10 de março de 2012

EBOPP

1-                              Definir política de governo e política de Estado

        O ponto chave que diferencia a política de Estado e política de governo é a burocracia na análise. Enquanto a política de governo necessita do “canetaço” do Executivo, decidindo de forma elementar a formulação e implementação de medidas para responder às demandas colocadas na própria agenda política interna. Pode-se dizer que o trajeto percorrido entre o surgimento do problema e a definição de uma política determinada (de governo) é curto e simples, não se afastando do plano administrativo, ou na competência dos próprios setores ministeriais. Já as políticas de Estado envolvem um imbróglio burocrático de várias agências do Estado, necessitando a discussão com setores mais amplos da sociedade, além de todo um trâmite técnico, simulações e análises.



          Fazer observações e perguntas sobre o texto.

          A escola não é atrativa. Este é um dos dois pontos que julgo principais. Percebo incoerência na análise da juventude Séc. XXI. Hoje há impregnado o dinamismo da informação. A tecnologia moldou cabeças, só que ainda querem manter a criança trancafiada em uma sala, sentada em cadeiras desconfortáveis, lendo livros tendenciosos ( em muitas vezes). A escola ensina sob tortura.  A carga horária não deve ser observada pelo  quantitativo e sim pelo quantitativo. Entendo que mudanças significativas não ocorrem, em muito pelo corporativismo de determinadas classes, em modo claro refiro-me aos profissionais da educação. Outro ponto importante refere-se à violência, em muito patrocinado pela legislação que trata de infrações, delitos dos menores de idade. Podem votar com 16, mas não respondem criminalmente, como um adulto, sem falar da falácia chamada conselho tutelar.
          Um ponto do texto trata sobre a ampliação do financiamento. Pois digo, é capital de giro na mão do mercado especulativo. Dou um exemplo prático.
- Um colega de trabalho matriculou-se no curso de Engenharia Mecânica, de uma faculdade privada e foi tratar do financiamento junto ao Banco, tendo uma carência de até 18 meses após o término do curso. Ele possui um salário significativo, razão esta que o desobrigou de ter um fiador. O próprio funcionário do banco explicou, que caso o salário fosse tido como “baixo”, é exigido até dois fiadores. Esta é a preocupação com o pobre.
          Quando sai o edital do concurso público, para professor, está bem claro o salário que será percebido, então desmotivação pelo rendimento não cabe na discussão.
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          A que reformas e mudanças na educação o texto se refere? Que outras mudanças estão ocorrendo na educação?

          O texto refere-se a inúmeras mudanças, de siglas, mas o conteúdo base é o mesmo.
          O Brasil é o país dos especialistas. Explico.
          - Basta observar o noticiário. Quando ocorre uma tragédia, surge um especialista dizendo como poderia ser evitado ( a enchente em Rio e São Paulo), ou quando implementaram as UPP’s em favelas, surgindo especialistas em segurança. Uma crise financeira aparece o “especialista” em economia nos empurrando goela abaixo a cartilha. E assim segue.
          No tema educação, não é diferente. O problema é que o conceito muda, conforme o governo. Não há base, há apenas o interesse politiqueiro.
Devido as dimensões do Brasil, não acredito que nada funcione direito, enquanto não regionalizarmos. Não acredito que o mesmo remédio aplicado no Norte/Nordeste, cure o Sul/Sudeste, e vice-versa.
          O texto procura nos convencer, que uma mudança mais profunda está a caminho.
Uma política de base, firmada sobre a sombra do Estado Soberano, diferente do que ocorre, quando um Governo oposicionista assume, desfazendo o que foi implementado pelo governo anterior, ao mais pelo fato de querer apagar todo e qualquer traço existente, quase como uma lavagem cerebral. Não adianta, sou contra cotas e “bolsas fome”. O povo não precisa de esmola.
          Transição para a coesão deve ocorrer na prática e não no gabinete. Quantos projetos sociais a UFPEL promovem? E destes projetos, qual a porcentagem de alunos envolvidos?
          Devolver para a sociedade o capital destinado envolve integração e coesão, formatando um grupo multiplicador que com o tempo massifica a ideia de educação como força motriz de uma nação.