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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Conceito de Região

Universidade Federal de Pelotas
Licenciatura em Geografia – Conceito de Região
Profª. Érica Insaurriaga Megiato

Fichamento do texto de Paulo Cesar da Costa Gomes - Professor do Departamento de Geografia, UFRJ.
1.      Objetivos
O artigo fichado tem como objetivo, nas palavras do autor, realizar uma compreensão objetiva dos conceitos referentes à noção de região. Para isso trabalhará com os diferentes conceitos de região e suas operacionalidades.
2.      Justificativas
O autor justifica a abordagem da temática pelo fato de estar dentro desta visão, à necessidade de discernir os sentidos diferentes, existentes na noção de região nas diversas esferas onde ela é utilizada, no senso comum, como vocábulo de outras disciplinas.
3.      Súmula das ideias principais de cada item
No início o artigo divide-se em três partes. A primeira comenta um breve histórico sobre o conceito de região, buscando captar a perspectiva central a partir da qual evoluiu este conceito. A segunda discutiu algumas críticas fundamentais sobre as diferentes formas de considerar o conceito na Ciência Geográfica. Na última, analisam-se algumas das alternativas de reconsideração deste conceito no âmbito da Geografia e das demais ciências humanas e sociais. Este artigo não pretende ser uma referência básica para os especialistas do tema, mas tão somente um ponto de partida para estudantes e profissionais para os quais o conceito de região não consta como central nas disciplinas que fornecem a base dos seus cursos. É notório que os conceitos que consagram a dimensão espacial tornam-se cada vez mais considerados pelos cientistas sociais e planejadores, mas é fácil perceber também que estes profissionais, em grande parte, não estão considerando devidamente os avanços teóricos, conceituais e metodológicos que vem ocorrendo na Geografia. Assim, este artigo pretende divulgar e comentar discussões e considerações que corroboram aqueles avanços, no que se refere ao conceito de região. A partir de seu breve (porém cansativo) histórico sobre o conceito de região, Gomes chega a três grandes conclusões: o conceito de região permitiu, em grande parte, o surgimento das discussões políticas sobre a dinâmica do Estado, a organização da cultura e o estatuto da diversidade espacial; o debate sobre o conceito permitiu também a incorporação da dimensão espacial nas discussões relativas à política, cultura e economia, e no que se refere às noções de autonomia, soberania, direitos, etc; e, por último, foi na Geografia que as discussões atingiram maior importância, já que região é um conceito-chave desta ciência.

4.      Exemplos que auxiliam o entendimento

Ao longo do texto foram apresentados conceitos que auxiliaram o entendimento tais como a distinção de pelo menos três grandes domínios nos quais a noção de região está presente.
·         O primeiro é a própria “linguagem cotidiana do senso comum”. Aqui os princípios fundamentais são o de localização e extensão. Emprega-se expressões como “a região mais pobre”, “a região montanhosa”, ou  “a região da cidade X”. Percebe-se que os critérios são diversos, não há precisão nos limites e a escala espacial também varia bastante.
·         O segundo domínio é o administrativo, ou seja, a região é vista como uma  unidade administrativa.  Sabe-se que desde o fim da Idade Média “as divisões administrativas foram as primeiras formas de divisão territorial presentes no desenho dos mapas”. Nesse caso, a divisão regional é a base para definição e exercício do controle na administração dos Estados e de suas sub-unidades, quando for o caso. É preciso destacar que muitas vezes empresas e instituições (como a Igreja Católica) utilizam os recortes para delimitação de circunscrições hierárquicas administrativas.
·         O terceiro domínio é o das “ciências em geral” nas quais o emprego da noção de região associa-se também a idéia de localização de determinados fenômenos. Aqui, o emprego resguarda a etimologia, pois região é vista com “área sob um certo domínio ou área definida por uma regularidade de propriedades que a definem”

5.      Principal conclusão
Como conclusão o autor apresenta os debates e discussões sobre o conceito de região tendo eles, como bastante antigos no âmbito da Ciência Geográfica. Ao contrário, nas demais ciências humanas e sociais, nas quais o tema sempre foram pontuais, localizadas, importando mais à algumas “Escolas” e disciplinas, e ganhando ou perdendo importância de acordo com determinadas conjunturas históricas. O contexto atual corresponde a um destes momentos dentre os quais o conceito de região  ganhou importância. Isso porque, a globalização torna mais complexos os processos de regionalização e algumas alternativas e possibilidades do conceito de região passam pela consideração da região – enquanto fração do espaço geográfico catalisadora de determinadas relações e convenções - como um ator social fundamental na transformação de comunidades regionais e locais.
Não é improvável, que esta nova perspectiva de considerar a região, possa ser aplicada aos estudos históricos, o que poderá demonstrar que determinadas transformações histórico-geográficas dependeram de uma que a presença do homem concretamente como ser natural e, ao mesmo tempo, como alguém oposto a natureza, promoveu/promove profundas transformações na natureza mesma e na sua própria natureza. Isto exige uma reflexão efetiva sobre o que é natureza hoje.
6.      Contribuições do artigo científico diante do tema

Vou tornar esta parte, um desabafo, mesmo que acarrete prejuízo na nota final. Julguei neste artigo, enfadonho, assemelhando-se ao modo tecnicista, típico da doutrina alienadora que corrobora para um entendimento elitista.
7.      Referências bibliográficas mais importante
GOMES, Paulo C. da C.  O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, Iná E.;
GOMES, Paulo C.; CORRÊA, Roberto L.  Geografia: conceitos e temas. Rio de
Janeiro, Bertrand Brasil, 1995, p. 49-76.


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